Números

Estelionato continua sendo o crime mais registrado na Delegacia de Plantão de Pelotas

A média, segundo o delegado Sandro Bandeira, é de sete a dez registros diários

Foto: Tânia Rêgo - Agência Brasil - Em Pelotas, registro fica entre 210 e 300 vítimas mensais, ou entre 2.520 e 3.600 por ano

O Diário Popular já publicou diversas matérias ao longo do ano passado, sobre estelionato, em razão do alto número deste crime cometido tanto em Pelotas, como no Estado e também no País. Segundo os policiais que atendem na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), a maior parte dos boletins registrados são de golpes e estelionatos. E o mês de janeiro continua com criminosos fazendo muitas vítimas. Conforme informação do delegado Sandro Bandeira, responsável pela DPPA, há uma média entre sete a dez ocorrências de vítimas por dia sendo registradas. Considerando a média, Pelotas registra entre 210 e 300 vítimas mensais, o que significa entre 2.520 e 3.600 por ano.

 As fraudes são aplicadas no meio da rua, no interior de agências bancárias ou pelo telefone, através de aplicativos, redes sociais, sem qualquer tipo de sofisticação, mas bastante eficientes e lucrativas para os criminosos.
Para se ter uma ideia do tamanho do prejuízo, segundo a divulgação do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, em levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o número de estelionatos no Brasil mais que quadruplicou nos últimos cinco anos: em 2022, foram registrados 1.819.409 casos, em 2021, 1.312.964 ocorrências registradas do crime. Comparando o ano de 2022 com 2018, quando ocorreram 426.799 registros, constatou-se um crescimento de 326% nos golpes. Ou seja, foram 151,6 mil casos por mês.

Também houve crescimento no estelionato por fraude eletrônica. O Brasil registrou um aumento expressivo nesta tipificação. Em 2021, houve 120.470 registros; em 2022, foram 200.322 casos, um aumento de 66,2%. No Rio Grande do Sul, em 2021, o número de registros policiais somou 844,8; em 2022, foram 862,7. Os números de 2023 ainda não foram divulgados pelos órgãos responsáveis

 
Alguns casos
Uma vítima recebeu uma ligação por aplicativo, prefixo 71, de uma pessoa perguntando se tinha uma quadra de futebol para vender, a qual estaria sendo anunciada em uma plataforma de vendas. O golpista disse ainda à vítima que sua conta havia sido hackeada e enviou um link para o mesmo, que acreditando que sua conta poderia estar sendo clonada, abriu o link e a partir daí, não conseguiu mais acessar o seu whatsapp. Vários amigos e conhecidos relataram que receberam mensagens solicitando dinheiro, inclusive um fez o depósito de R$ 254,00. Até este momento a vítima não recuperou seu whatsapp.

 Ao anunciar a venda de um Iphone, pelo Facebook, uma pessoa, supostamente interessada na compra, entrou em contato e enviou um número de whatsapp para que a negociação continuasse. Fecharam o negócio em R$1.200,00. Combinaram do "comprador" ir até a casa da irmã da vítima para pegar o aparelho. A irmã, por sua vez, ligou para dizer que a pessoa que foi buscar o aparelho não era a mesma que negociou com a vítima e que este disse ter pago R$ 550,00 e que já havia enviado o dinheiro. Foi quando perceberam que haviam caído em golpe.

 Ao realizar a perícia do INSS, uma vítima descobriu que havia um empréstimo de R$ 17 mil em sua conta, empréstimo este do qual não tinha ciência e muito menos contratado. Ao conferir no banco, constatou que haviam diversas transferências para a conta de uma pessoa aleatória.

Uma outra vítima viu um anúncio na internet para restituir valores (cashback) referentes a uma compra. Ao entrar no site, que supostamente seria o Gov. com, este acusou um retorno de R$ 3.200,00 e que o processo de restituição já estava em andamento. Porém, para a conclusão da solicitação, deveria , por Pix, enviar R$78,65 para uma determinada conta, o que o fez. Em seguida, começou a receber e-mails informando que vários cartões haviam sido emitidos em seu nome.

 Em um outro golpe, a vítima comprou em um site, um vestido e uma sandália, no valor aproximado de R$ 400,00. A compra online foi feita no início de dezembro e o prazo de entrega era de 15 dias.. A vítima tentou diversas vezes rastrear a compra, o que não foi possível, assim como tentou inúmeras vezes entrar em contato com a loja, que responde apenas com uma mensagem automática.

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